Teoria e Terapia do Psicotrauma orientadas para a Identidade – IOPT
Após a Constelação Familiar, surgiram novas constelações, como a Constelação da Identidade, também conhecida como IOPT – Terapia do Psicotrauma orientada para a identidade ou Encontro Consigo Mesmo, desenvolvida pelo psicólogo Franz Ruppert. Esta técnica, ancorada na teoria do apego de Bowlby e nos estudos sobre trauma de Peter Levine, concentra-se na biografia do indivíduo.
Diferentemente da Constelação Familiar, o foco principal desta abordagem é o próprio “EU”. A técnica permite acessar informações sobre as partes internas do indivíduo em diferentes idades, inclusive aquelas relacionadas ao período intrauterino. Essa capacidade de exploração oferece a oportunidade de acolher e transformar comportamentos primários limitantes e memórias traumáticas.
Franz Ruppert destaca que a psique humana pode fragmentar-se e até mesmo cindir-se após experiências traumáticas. Isso resulta em uma divisão psíquica composta por partes traumatizadas, partes sobreviventes e partes saudáveis. A dissociação é considerada uma forma de proteção nesse contexto.
Ao falar em “partes”, reconhece-se que todos têm partes saudáveis, sobreviventes e traumatizadas que influenciam a condução da vida. A sobrecarga emocional, característica do trauma, leva o indivíduo a estratégias de sobrevivência, como congelamento, luta ou fuga.
Na Constelação da Identidade, o demandante expressa o problema por meio de uma frase de intenção. O constelado assume um papel ativo, conduzindo o trabalho e trazendo intenções através de suas partes, que podem ou não estar conectadas consigo mesmo.
O Encontro Consigo Mesmo possibilita a integração amorosa dos traumas e das fragmentações do EU. Além disso, ilumina o inconsciente, revelando o que não foi visto, reconhecido e incluído na biografia do indivíduo. Esta abordagem terapêutica pode ser realizada de forma individual ou em grupo, oferecendo uma jornada profunda de autoconhecimento.