O impacto dos pais na saúde emocional dos filhos

Segundo Bert Hellinger, “Se a mãe está deprimida, os filhos se sentem tentados a imitá-la. Se o pai bebe demais, os filhos se sentem pressionados a encontrar alguma maneira de igualá-lo no sofrimento, talvez impedindo-se de vencer na vida.”

Essa observação ressalta como as dinâmicas familiares podem deixar marcas profundas nos filhos, muitas vezes sem que eles percebam.

Quando a mãe está deprimida, os filhos podem sentir uma tendência a imitá-la, motivados pelo amor e preocupação que têm por ela. Da mesma forma, se o pai enfrenta problemas com álcool, os filhos podem se sentir compelidos a compartilhar desse sofrimento, buscando uma conexão mais próxima com ele ou tentando aliviar sua dor.

Essas dinâmicas podem levar os filhos a se identificarem com os problemas dos pais, muitas vezes de forma inconsciente. Eles podem até sentir-se culpados por se sentirem melhores do que seus pais, o que os leva a se envolverem nesses padrões sem perceberem totalmente.

No entanto, essas ações podem prejudicar os filhos, levando-os ao adoecimento, aos vícios, dentre outros.

Ao se identificarem com a depressão da mãe ou os problemas com álcool do pai, os filhos podem se ver presos em ciclos de dificuldade emocional ou comportamental. Isso pode prejudicar suas próprias chances de sucesso na vida.

O amor maduro pede que os filhos deixem de lado o amor cego da infância e aprendam a amar de forma mais adulta. É reconhecer que o amor vai além de seguir padrões familiares e inclui desenvolver autonomia emocional.

Ao reconhecer essas dinâmicas e compreender sua influência, os filhos podem começar a quebrar padrões negativos e a buscar maneiras mais saudáveis de se relacionarem com seus pais e consigo mesmos. Isso inclui aprender a lidar com sentimentos de culpa e buscar ajuda quando necessário, para que possam crescer e se desenvolver de forma mais equilibrada.